Um deputado federal solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a rejeição de uma queixa-crime apresentada pela ministra de Relações Institucionais, alegando injúria e difamação. O caso surgiu após o parlamentar fazer comentários considerados machistas em redes sociais, associando a relação política entre a ministra e o presidente da República a uma analogia ofensiva. O relator do processo, ministro Luiz Fux, poderá decidir individualmente ou levar o assunto ao plenário, enquanto o deputado defende que suas declarações estão protegidas pela imunidade parlamentar.
A queixa-crime argumenta que as falas do parlamentar violam a ética e o respeito esperado de um representante público, além de contribuir para um clima de violência política e misoginia. A defesa da ministra destacou que o comportamento do deputado, somado a seu grande alcance nas redes sociais, agrava o cenário de discriminação de gênero e pode normalizar ataques a mulheres em posições de poder. O Partido dos Trabalhadores (PT) também acionou o Conselho de Ética da Câmara, alegando quebra de decoro parlamentar.
Em resposta às polêmicas, a ministra afirmou que o presidente da República tem um histórico de empoderamento feminino, citando nomeações de mulheres para cargos de destaque no governo e no judiciário. Ela também criticou adversários políticos, acusando-os de misoginia e violência política, enquanto reforçou a importância de gestos concretos em detrimento de palavras isoladas. O caso reflete tensões ideológicas e debates sobre limites da liberdade de expressão no ambiente político.