O deputado federal decidiu alterar sua abordagem e protocolar um requerimento de urgência para acelerar a análise de um projeto na Câmara. Inicialmente, o plano era reunir 280 assinaturas, mas, após alguns parlamentares pedirem a retirada de seus apoios sob alegação de pressão, o documento foi formalizado com 262 assinaturas. A medida expõe as divergências entre os deputados, especialmente aqueles que apoiam o governo publicamente, mas não necessariamente suas decisões.
A decisão também dificulta recuos futuros, já que, após o protocolo, as assinaturas não podem mais ser retiradas individualmente. Para cancelar o pedido, seria necessário que metade mais um dos signatários solicitasse a desistência por escrito e em bloco, o que tornaria a ação mais visível e sujeita a questionamentos. O regimento interno da Casa prevê que, nesses casos, a exposição política dos envolvidos aumenta significativamente.
A estratégia de pressionar parlamentares por meio da divulgação de suas posições não é nova. Na história recente, tanto a esquerda quanto a direita já utilizaram táticas semelhantes para influenciar votações. A diferença agora está no ambiente digital, onde a polarização amplifica esses movimentos. A condução do processo, marcada por mudanças rápidas e postura firme, tem sido comparada a estilos agressivos no esporte, refletindo a intensidade das negociações no Congresso.