Um parlamentar está em greve de fome e recluso na Câmara dos Deputados desde quarta-feira (9.abr), após o Conselho de Ética aprovar, por ampla maioria, um parecer recomendando a cassação de seu mandato. A decisão foi motivada por um processo envolvendo um incidente ocorrido em 2024, quando o congressista foi acusado de agredir um ativista político. O deputado alega ter sido provocado e afirma que o processo é resultado de perseguição política.
O caso agora aguarda votação em plenário, onde serão necessários pelo menos 257 votos favoráveis para confirmar a cassação. Enquanto isso, o parlamentar recebeu apoio de colegas de partido e aliados, que visitaram-no no local. O presidente da Câmara está fora do país e só retornará na próxima semana, adiando possíveis deliberações sobre o tema.
O processo teve origem após uma ação judicial movida pelo parlamentar e seu partido, que questionavam a destinação de emendas orçamentárias. O relatório favorável à cassação foi aprovado por 13 votos a 5 no Conselho de Ética, mas ainda pode ser submetido à análise da CCJ antes da votação final. O deputado mantém a greve de fome como protesto, afirmando que seguirá até que a decisão seja tomada.