O estado de saúde do deputado Glauber Braga (Psol-RJ) tem se agravado progressivamente desde o início de sua greve de fome, iniciada em 9 de abril como protesto contra a aprovação da cassação de seu mandato pelo Conselho de Ética da Câmara. De acordo com sua assessoria, o parlamentar consome apenas isotônicos, soro e água, e já apresenta sinais de fraqueza, levando à restrição de visitas para preservar sua energia. A ministra dos Direitos Humanos e outros integrantes do governo federal estiveram com ele, mas o contato com apoiadores será reduzido devido ao seu quadro clínico.
O processo de cassação foi aberto após um incidente em 2024 envolvendo um ativista, que teria sido agredido pelo deputado. Braga alega perseguição política e nega as acusações, afirmando que agiu em legítima defesa. O relatório favorável à cassação, aprovado por 13 votos a 5, ainda não resulta na perda imediata do mandato, pois o deputado pode recorrer à CCJ antes de uma eventual votação no plenário, onde seriam necessários 257 votos para confirmar a decisão.
O caso ganhou repercussão nacional devido ao histórico de embates entre Braga e a liderança da Câmara, incluindo ações judiciais relacionadas ao orçamento público. Enquanto isso, a preocupação com a saúde do parlamentar cresce, e sua greve de fome segue como um ato de resistência política, atraindo atenção de aliados e críticos.