Um deputado federal afirmou, por meio de sua defesa, que não teve a intenção de constranger uma ministra ao fazer comentários sobre sua vida pessoal. A declaração foi enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF) em resposta a uma queixa-crime, na qual a ministra acusa o parlamentar de misoginia e pede indenização. A defesa argumenta que as falas foram uma crítica a um pronunciamento do presidente da República, que havia associado a escolha da ministra a sua aparência física durante cerimônia de posse.
Segundo os advogados, o deputado não buscou ofender a honra da ministra, mas sim questionar a fala do presidente, que mencionou ter selecionado “uma mulher bonita” para facilitar o diálogo com o Congresso. O caso ganhou repercussão após o parlamentar ironizar a situação nas redes sociais, sugerindo um cenário inusitado envolvendo a ministra e outros dois políticos.
A defesa também alega que as declarações estão protegidas por imunidade parlamentar, garantida pela Constituição Federal. O STF agora analisa o caso, que mistura debates sobre liberdade de expressão, discurso político e limites da imunidade parlamentar.