Um parlamentar completou mais de 90 horas em greve de fome neste sábado (12), em protesto contra a decisão do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, que recomendou a cassação de seu mandato. O caso está relacionado a um episódio ocorrido em abril de 2024, quando o deputado foi acusado de quebrar o decoro parlamentar ao expulsar um influenciador das dependências da Casa. Desde o início do jejum, na quinta-feira (9), ele permanece no plenário, afirmando que só interromperá o protesto quando o processo for votado em plenário.
O deputado segue recebendo hidratação com água, isotônicos e soro fisiológico, conforme orientação médica, e seus sinais vitais estão estáveis, segundo boletins divulgados por sua equipe. Apesar da perda de peso estimada em dois quilos, exames laboratoriais indicam bom estado geral. Durante o protesto, ele tem mantido uma rotina de leitura, conversas com assessores e descanso em um colchão fornecido por apoiadores.
A Câmara disponibilizou apoio médico e segurança para acompanhar o parlamentar, mas ainda não há previsão para a votação do processo em plenário. Enquanto isso, familiares, incluindo sua esposa, também parlamentar, e seu filho de três anos, planejavam visitá-lo no fim de semana. O caso continua em acompanhamento, sem novas definições sobre o desfecho.