Um deputado federal está coletando assinaturas para propor a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) destinada a investigar um esquema de fraudes no INSS. O caso, que já resultou na demissão do presidente do instituto e no afastamento de cinco servidores, envolve desvios estimados em R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024. O parlamentar afirma contar com mais de 100 assinaturas de partidos como PL, União Brasil, Republicanos e outros, e espera alcançar as 171 necessárias ainda na próxima semana.
O foco da CPI seguirá as linhas de investigação da Polícia Federal, abrangendo um período que inclui governos anteriores. O esquema, segundo as apurações, teria começado em 2016, mas os maiores desvios ocorreram nos últimos anos, afetando principalmente beneficiários vulneráveis, como idosos e pessoas com deficiência. Além de servidores públicos, sindicatos também estão sob suspeita de envolvimento.
Enquanto o deputado defende a necessidade da CPI para apurar responsabilidades, outros parlamentares questionam sua efetividade, argumentando que o governo atual já tomou medidas investigativas. O líder de um partido oposicionista classificou a proposta como “fogo de palha”, destacando que as principais irregularidades ocorreram em anos anteriores e que as ações recentes da Controladoria-Geral da União (CGU) têm sido suficientes. A discussão deve avançar conforme o número de assinaturas for consolidado.