Duas deputadas federais brasileiras, ambas mulheres trans, relataram problemas com a marcação de gênero em seus vistos para os Estados Unidos. Em um caso, uma delas foi informada que seu novo visto seria emitido com a identificação de gênero masculino, apesar de sua identidade de gênero ser legalmente reconhecida no Brasil. A justificativa apresentada foi que sua condição como pessoa trans é de conhecimento público no país.
A parlamentar afirmou que a decisão partiu do governo do presidente Donald Trump e expressou revolta com a situação. Ela destacou que estava renovando o visto para participar de um curso em parceria com a Universidade Harvard. Em suas redes sociais, descreveu a medida como um desrespeito à sua identidade de gênero e anunciou que está buscando resolver o caso por vias diplomáticas.
O incidente lembra um caso similar envolvendo outra deputada trans, que também recebeu um visto com marcação de gênero masculino. Ambos os episódios ocorreram sob a mesma administração norte-americana, que já havia reafirmado publicamente o reconhecimento de apenas dois sexos imutáveis. As situações têm gerado debates sobre direitos humanos e o tratamento de pessoas trans em processos burocráticos internacionais.