Duas deputadas brasileiras relataram dificuldades na emissão de vistos para os Estados Unidos devido a divergências na identificação de gênero. A documentação exigida pelo governo americano foi emitida considerando o gênero das parlamentares como masculino, contrariando seus documentos brasileiros, que as identificam como mulheres. Uma delas aguarda a resolução do caso por vias diplomáticas antes de decidir sobre sua participação em um curso na Universidade de Harvard, enquanto a outra já teve seu visto emitido com a mesma discrepância durante uma viagem oficial.
As deputadas afirmam que a situação reflete políticas recentes dos EUA que limitam o reconhecimento de identidades de gênero. A embaixada americana declarou que segue uma ordem executiva que reconhece apenas dois sexos, “masculino e feminino, considerados imutáveis desde o nascimento”. No entanto, as parlamentares destacam que outros países, como os Emirados Árabes, respeitaram sua documentação original sem questionamentos.
O caso levantou debates sobre transfobia e soberania nacional, com críticas às medidas adotadas pelo governo americano. As deputadas argumentam que a política dificulta não apenas suas viagens, mas também a vida de pessoas trans que residem nos EUA. Enquanto aguardam respostas oficiais, a situação permanece em discussão, com possíveis implicações diplomáticas entre os dois países.