Três deputadas estaduais, sendo duas de Minas Gerais e uma de São Paulo, relataram ter sido vítimas de uma revista considerada discriminatória no Aeroporto Internacional de Guarulhos. As parlamentares, que retornavam de um evento no México, afirmam ter sido as únicas selecionadas para uma inspeção aleatória entre centenas de passageiros, sem que os agentes solicitassem documentação ou justificassem a ação. Elas destacaram que o episódio reforça padrões de discriminação racial em espaços públicos.
As deputadas registraram um boletim de ocorrência por racismo e planejam acionar a ouvidoria da Polícia Federal, além de outras autoridades. Em redes sociais, uma das envolvidas descreveu o ocorrido como um constrangimento desnecessário, reforçando que a prática é uma manifestação do que chamou de “suspeito padrão” aplicado a pessoas negras. O caso foi amplamente divulgado nas plataformas das parlamentares, gerando discussão sobre discriminação institucional.
A Polícia Federal foi contactada para se pronunciar sobre o ocorrido, mas ainda não se manifestou oficialmente. O episódio reacende o debate sobre a atuação de agentes de segurança em aeroportos e a necessidade de protocolos mais transparentes para evitar situações semelhantes. Enquanto isso, as deputadas afirmam que continuarão combatendo o racismo dentro e fora das instituições.