Três deputadas estaduais, sendo duas de Minas Gerais e uma de São Paulo, registraram um boletim de ocorrência após relatarem ter sido vítimas de racismo no Aeroporto Internacional de Guarulhos. Elas afirmam que foram as únicas passageiras selecionadas para uma revista pela Polícia Federal durante o desembarque, após representarem o Brasil em um evento internacional no México. As parlamentares destacaram que centenas de outros passageiros não foram abordados, o que levantou suspeitas de discriminação racial.
As deputadas descreveram o episódio como um exemplo do “suspeito padrão” que recai sobre pessoas negras no país. Uma delas afirmou que a situação foi um constrangimento desnecessário e reforçou que o racismo é crime, prometendo combater a discriminação em todos os espaços. Outra parlamentar classificou o ocorrido como “racismo velado”, argumentando que a cor de sua pele foi interpretada como motivo para a abordagem seletiva.
O aeroporto e a Polícia Federal não se pronunciaram sobre o caso até o fechamento da reportagem. As deputadas enfatizaram que continuarão denunciando situações de preconceito, ressaltando que nenhuma humilhação será silenciada. O episódio reacende o debate sobre a violência racial estrutural no Brasil, muitas vezes mascarada por procedimentos de segurança.