Uma deputada federal brasileira teve seu gênero alterado para masculino ao solicitar um novo visto para entrar nos Estados Unidos, em conformidade com uma ordem executiva assinada pelo presidente do país. A parlamentar, que se identifica como mulher, recusou-se a viajar e denunciou a medida como uma violência e transfobia de Estado. A ação está alinhada com uma política federal que reconhece apenas dois gêneros, masculino e feminino, baseados em definições biológicas, e proíbe a inclusão de terminologias relacionadas a identidades LGBTQIA+ em documentos oficiais.
Desde o início do mandato, uma série de decretos foram implementados para restringir políticas de diversidade, incluindo a remoção de termos como “transgênero” e “não binário” de formulários governamentais, a proibição de passaportes com a opção “X” e a limitação de participação de atletas trans em competições femininas. Essas medidas contrariam recomendações de associações médicas, que defendem o gênero como um espectro. Ações judiciais já suspenderam parcialmente algumas decisões, como a transferência de mulheres trans para prisões masculinas.
O caso da deputada não é isolado. Outras personalidades públicas relataram situações semelhantes, e uma ação judicial movida por cidadãos americanos busca reverter a política de gênero nos passaportes. Organizações de direitos civis argumentam que a medida coloca pessoas trans em risco, expondo-as a discriminação e violência. A disputa reflete um conflito mais amplo entre políticas governamentais e a defesa de direitos identitários.