Três crianças cidadãs dos Estados Unidos foram deportadas para Honduras junto com suas mães, imigrantes hondurenhas, após detenções durante check-ins de rotina no Serviço de Imigração e Alfândega (ICE). Entre elas, um menino de 4 anos com câncer raro, uma criança de 2 anos e outra de 7. As deportações ocorreram em menos de três dias, sem que as mães tivessem acesso a alternativas legais, segundo advogados. Um juiz federal dos EUA manifestou preocupação com possíveis irregularidades, destacando “forte suspeita” de que uma cidadã americana foi deportada sem devido processo legal.
Organizações de direitos civis, como a ACLU e o Projeto Nacional de Imigração, classificaram as ações do ICE como abuso de poder. Em um dos casos, o pai da criança de 2 anos alegou que queria ficar com a filha nos EUA, mas o ICE afirmou que a mãe optou por levá-la. O juiz Terry Doughty, da Louisiana, agendou uma audiência para investigar a legalidade da deportação, já que a decisão foi tomada sem verificação adequada das versões. A mãe, grávida, foi deportada junto com outra filha de 11 anos, nascida em Honduras.
Outro caso envolveu uma mulher cubana deportada para Havana, separada de sua filha de 1 ano, cidadã americana com problemas de saúde. A mãe, que ainda amamentava, foi detida sem aviso prévio e removida antes que sua advogada pudesse protocolar recursos. Embora tivesse uma ordem de deportação desde 2019, ela cumpria as exigências do ICE e comparecia a check-ins regularmente. Os casos reacendem o debate sobre as políticas migratórias e seus impactos humanitários.