Três crianças cidadãs dos Estados Unidos foram deportadas para Honduras junto com suas mães, todas imigrantes hondurenhas, em ações realizadas pelo Serviço de Imigração e Alfândega (ICE). Entre elas está um menino de 4 anos com câncer raro, cuja deportação ocorreu em menos de 24 horas após a detenção da mãe. As outras duas crianças, de 2 e 7 anos, também foram removidas do país em até três dias, levantando questões sobre a legalidade e os procedimentos adotados pelas autoridades migratórias.
Um juiz federal nos EUA expressou preocupação com a falta de devido processo legal em um dos casos, especialmente envolvendo a menina de 2 anos, cujo pai, residente nos EUA, alegou que queria ficar com a filha. O ICE afirmou que a mãe optou por levar a criança, mas o juiz agendou uma audiência para investigar possíveis irregularidades. Organizações de direitos civis criticaram as deportações, classificando-as como abuso de poder e destacando a falta de alternativas oferecidas às famílias.
Outro caso envolvendo uma mãe cubana, separada de sua filha de 1 ano com problemas de saúde, também chamou atenção. A mulher foi deportada para Havana dois dias após comparecer a uma rotina no ICE, mesmo amamentando a criança, que ficou com o pai, cidadão americano. Advogados argumentam que a rapidez das deportações ignora considerações humanitárias, reforçando críticas às políticas migratórias do governo.