A China recentemente anunciou restrições à exportação de minerais raros e ímãs essenciais para a indústria de defesa dos Estados Unidos, destacando uma vulnerabilidade estratégica. Esses materiais são críticos para a produção de caças, mísseis, drones e submarinos, com cerca de 90% dos ímãs de terras raras sendo fabricados no país asiático. Especialistas alertam que a medida pode elevar custos e interromper cadeias de suprimentos, pressionando a segurança nacional americana, que depende fortemente desses insumos.
A dominância chinesa no setor remonta ao fechamento da mina Mountain Pass, nos EUA, em 2002, que antes liderava a produção global. Embora os Estados Unidos tenham retomado parte da extração, ainda estão longe de alcançar a capacidade chinesa. O Pentágono mantém estoques limitados, suficientes para apenas alguns meses, enquanto empresas de defesa enfrentam riscos de desabastecimento. Casos anteriores, como a interrupção de vendas ao Japão em 2010, já haviam sinalizado os perigos dessa dependência.
Historicamente, os EUA buscaram alternativas em momentos críticos, como na Segunda Guerra Mundial, quando substituíram fontes de bauxita afundadas por submarinos alemães. Hoje, o governo tenta reduzir a exposição com investimentos em produção doméstica, mas o processo é lento. Analistas destacam que, sem soluções de longo prazo, a indústria de defesa americana permanece vulnerável a decisões geopolíticas de Pequim, que controla a cadeia global desses minerais estratégicos.