A vacinação contra a dengue em Porto Alegre foi suspensa devido à falta de doses enviadas pelo governo federal, deixando sem previsão a imunização de crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, grupo prioritário da campanha. A capital já registra mais de 4,6 mil casos da doença em 2025, com duas mortes confirmadas, enquanto o estado do Rio Grande do Sul contabiliza seis óbitos. Um hospital de campanha foi montado para atender os pacientes, e a prefeitura decretou situação de emergência em saúde pública diante do avanço da epidemia.
Além da dengue, o estado enfrenta um surto de chikungunya, com duas mortes confirmadas em Carazinho — as primeiras na história do estado — e 170 casos em 2025. Ambas as doenças são transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, reforçando a necessidade de medidas de controle e prevenção. Enquanto isso, a vacinação contra a gripe foi ampliada para novos grupos prioritários, como profissionais de segurança e transportes, em uma campanha que busca proteger contra os vírus influenza mais comuns.
A Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre afirmou que retomará a aplicação da vacina contra a dengue assim que novas doses forem disponibilizadas pelo Ministério da Saúde. Até o momento, mais de 20 mil jovens receberam a primeira dose, mas apenas 6,7 mil completaram o esquema vacinal. A situação destacaa dependência das cidades em relação ao governo federal para o enfrentamento de crises sanitárias e a urgência em reforçar estratégias de combate ao mosquito transmissor.