O ministro da Defesa israelense declarou que forças militares assumiram o controle de vastas áreas da Faixa de Gaza, reduzindo e isolando ainda mais o território governado pelo Hamas. A ofensiva, retomada em março após quase dois meses de trégua, visa pressionar a libertação de reféns capturados no ataque de outubro de 2023. Durante visita a uma zona estratégica no sul de Gaza, o ministro advertiu que os combates se intensificarão caso o Hamas não liberte os detidos, afirmando que essa é a única maneira de encerrar o conflito.
Enquanto isso, um bombardeio israelense no bairro de Shujaiyya, na Cidade de Gaza, deixou pelo menos 23 mortos, incluindo oito crianças, segundo a Defesa Civil local. Testemunhas relataram cenas de caos, com estilhaços atingindo civis e deslocados que viviam em barracas próximas. O Exército israelense justificou o ataque como um alvo a um membro do Hamas, alegando esforços para minimizar danos colaterais, mas o movimento palestino classificou o episódio como um “massacre” contra civis.
A crise humanitária em Gaza se agrava com o bloqueio de ajuda internacional desde março, deixando 2,4 milhões de pessoas em condições extremas. Autoridades palestinas acusam Israel de promover uma campanha sistemática para forçar a emigração da população, enquanto o governo israelense sinalizou apoio a um plano de realocamento voluntário, inspirado em uma proposta anterior. O conflito, que já deixou mais de 51 mil mortos segundo fontes locais, continua sem perspectivas de resolução imediata.