Os advogados de um tenente-coronel apresentaram ao STF sua defesa prévia, pedindo absolvição sumária na ação penal que o acusa de participar de tentativas contra a ordem constitucional em 2022. A defesa argumenta que ele atuou apenas como porta-voz de superiores, sem intenção de integrar organização criminosa, e listou nove testemunhas militares para comprovar sua inocência. Caso o pedido seja negado, solicitam acesso integral às provas, incluindo dados obtidos de seu celular.
O documento sustenta que as ações atribuídas ao militar foram realizadas no exercício de suas funções, sem iniciativa própria, e que ele não teria incentivado protestos extremistas. A defesa também nega que ele tivesse conhecimento prévio dos eventos de 8 de janeiro de 2023, afirmando que as acusações se baseiam em suposições sobre conversas em grupos de mensagens.
O processo é parte de uma investigação mais ampla envolvendo outras figuras públicas, e o militar foi o primeiro a apresentar defesa após firmar acordo de delação premiada. Os demais envolvidos terão cinco dias para se manifestar após serem intimados. A defesa insiste que não há provas concretas de participação ativa em supostos crimes, apenas o cumprimento de ordens hierárquicas.