Advogados de defesa dos seis investigados no chamado núcleo 2 apresentaram suas argumentações à Primeira Turma do STF, que decidirá se aceita as denúncias da PGR. Entre as acusações, estão a elaboração de um decreto para justificar um golpe de Estado no final do governo anterior, o monitoramento de um ministro do STF e ações da PRF para dificultar o deslocamento de eleitores no Nordeste em 2022. Os defensores contestam as provas e a forma como foram coletadas, alegando falta de especificidade e violações processuais.
Os advogados destacaram que seus clientes não teriam participação direta nos eventos citados, como os atos de 8 de janeiro ou a suposta interferência eleitoral. Um dos argumentos centrais foi a ausência de menções a golpe ou intervenção militar em comunicações analisadas, além da defesa de que ações atribuídas a eles eram parte de suas funções institucionais. Também foi questionada a validade de delações premiadas e a falta de acesso a documentos originais, o que, segundo as defesas, prejudicaria o direito ao contraditório.
A Corte agora avaliará se há fundamento para prosseguir com as acusações. Enquanto a PGR sustenta que houve uma trama organizada, as defesas pedem a rejeição das denúncias, alegando inconsistências e ausência de provas concretas. O caso segue sob análise, com decisões preliminares pendentes sobre a competência do STF e a admissibilidade das provas apresentadas.