A defesa de um ex-assessor especial contestou os registros de entrada no Palácio da Alvorada como prova de participação em reuniões sobre um suposto golpe de Estado em 2022. Segundo os advogados, os registros não confirmam que o ex-assessor tenha se encontrado com o ex-presidente, já que o local era seu local de trabalho e o prédio possui grande dimensão. Eles também questionaram a lógica usada para associar a presença dele às supostas reuniões, comparando-a a incluir um copeiro na denúncia apenas por estar no local no mesmo dia.
Além disso, a defesa argumentou que os dados de geolocalização seriam essenciais para comprovar os movimentos do ex-assessor, mas que essas informações não foram compartilhadas com eles, apesar de estarem disponíveis para as autoridades. O julgamento envolve seis acusados, incluindo um delegado, um militar e um ex-diretor da PRF, todos vinculados a um núcleo acusado de gerenciar operações relacionadas ao suposto golpe.
O processo segue agora para a fase de ação penal, em que o STF ouvirá testemunhas e conduzirá investigações adicionais. Outros dois núcleos ainda serão julgados, incluindo um sobre desinformação e outro sobre operações, com datas marcadas para maio. A decisão final dependerá das alegações da PGR, que poderá pedir absolvição ou condenação dos envolvidos.