O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, afirmou durante visita ao Panamá que o governo americano não permitirá que a China ou qualquer outro país ameace a operação ou integridade do canal do Panamá. Em discurso em uma base policial próxima à via interoceânica, Hegseth destacou que, apesar de o canal ter sido transferido ao Panamá em 1999, os EUA estão comprometidos em garantir sua segurança, alegando que a influência chinesa na região representa riscos à estabilidade local.
Hegseth ressaltou que empresas chinesas controlam parte da infraestrutura crítica do canal, o que, segundo ele, poderia facilitar atividades de vigilância e reduzir a segurança tanto do Panamá quanto dos EUA. O secretário mencionou ainda que ambos os países trabalharão juntos para reduzir a presença de Pequim na área, embora não tenha detalhado medidas concretas. Uma empresa de Hong Kong opera portos nas extremidades do canal, por onde passa 5% do comércio marítimo global.
Durante encontro com o presidente panamenho, José Raúl Mulino, Hegseth reafirmou que a China não tem participação na construção ou operação do canal, descartando qualquer possibilidade de controle militar chinês sobre a via. A visita do secretário ocorre em um contexto de tensões geopolíticas, com os EUA buscando reforçar sua influência na região estratégica, enquanto a China expande sua presença econômica em infraestruturas críticas ao redor do mundo.