A ministra das Relações Institucionais afirmou que é defensável debater a redução de pena para alguns envolvidos nos atos de 8 de janeiro no Congresso Nacional, mas se opôs à anistia para militares e o ex-presidente investigados. Ela destacou que muitos parlamentares aliados do governo assinaram o projeto sem conhecimento de que ele beneficia também figuras ligadas a supostos atos golpistas. A discussão, segundo ela, pode avançar no Legislativo, desde que focada em casos específicos.
O projeto de lei que propõe anistia aos condenados pelos atos extremistas já conta com 251 assinaturas, sendo necessárias 257 para ser pautado. Apesar do apoio de deputados de partidos governistas, líderes como do PT pressionam para que aliados retirem suas assinaturas, argumentando que o texto beneficia indevidamente pessoas associadas a eventos antidemocráticos. Há relatos de que alguns congressistas não estariam cientes do alcance da proposta.
Enquanto isso, a base governista demonstra divisão, com partidos tentando conter o apoio ao projeto. Líderes afirmam que nem todos os signatários são alinhados com o bolsonarismo, mas reconhecem a necessidade de maior coordenação para evitar avanços de pautas consideradas contrárias aos interesses do governo. A situação expõe tensões dentro da coalizão e a complexidade de equilibrar justiça e política no tratamento dos eventos de 8 de janeiro.