O relator do projeto que autoriza cassinos e bingos no Brasil (PL 2.234/2022) argumentou que a sociedade brasileira está pronta para aceitar a regulamentação dessas atividades, desde que sob regras responsáveis. Citando uma pesquisa do DataSenado, ele destacou que 60% dos brasileiros apoiam a legalização, enxergando-a como uma oportunidade de desenvolvimento econômico, geração de empregos e atração de investimentos. Além disso, afirmou que a proibição atual é ineficaz, já que 70% da população acredita que não reduz a oferta de jogos ilegais, dominados pelo crime organizado.
O parlamentar defendeu um marco regulatório moderno, inspirado em experiências internacionais, capaz de combater lavagem de dinheiro e proteger jogadores contra endividamento. Contudo, ressaltou que a maioria dos brasileiros não frequentaria esses estabelecimentos mesmo com a legalização, descartando preocupações sobre um possível aumento no vício em jogos. A proposta busca equilibrar liberdade econômica com fiscalização rigorosa, visando benefícios sociais e turísticos.
Por outro lado, outros senadores expressaram ceticismo, questionando a representatividade da pesquisa e alertando para os riscos de ampliar o acesso a jogos de azar. Enquanto alguns defendem a análise técnica e imparcial do projeto, outros veem a medida como uma ameaça potencial ao bem-estar da população, evidenciando a polarização do tema no Congresso.