A discussão sobre o impacto dos diagnósticos de saúde mental nas reformas do sistema de previdência ganhou destaque após declarações de autoridades sugerirem que o excesso de diagnósticos pode estar contribuindo para uma cultura de dependência. Esse argumento, associado a alegações anteriores sobre uma “cultura de atestados médicos” que prejudicaria a economia, gerou controvérsia, com críticos apontando que ele reforça estereótipos infundados sobre gerações mais jovens.
Especialistas destacam que a saúde mental piorou significativamente desde a pandemia, e a ideia de que um diagnóstico por si só limita as perspectivas de vida tem sido amplificada por debates recentes. A cobertura midiática de obras que abordam o tema, como o livro “The Age of Diagnosis”, tem dado credibilidade a essa visão, embora muitos defendam que diagnósticos precisos são essenciais para o tratamento adequado.
O equilíbrio entre evitar medicalizações desnecessárias e garantir apoio a quem precisa permanece um desafio. Enquanto alguns argumentam que rótulos diagnósticos podem ser restritivos, outros enfatizam que eles são fundamentais para acesso a direitos e tratamentos. A discussão reflete tensões mais amplas sobre como a sociedade enxerga e gerencia a saúde mental em um contexto de mudanças políticas e econômicas.