O presidente da Câmara dos Deputados afirmou que a definição das pautas de votação deve ser discutida com o Colégio de Líderes, destacando a importância da democracia e da estabilidade institucional. Sua declaração ocorre após um pedido de urgência para votar um projeto de lei que prevê anistia a participantes dos atos de 8 de janeiro, protocolado com o apoio de mais da metade dos deputados, incluindo membros da base governista. O texto, que tramita na CCJ desde o ano passado, busca beneficiar manifestantes entre outubro de 2022 e a data de sua eventual aprovação.
Oposicionistas argumentam que o projeto privilegia acusados de atentar contra a democracia, enquanto líderes governistas destacam que a proposta não se trata apenas de dosimetria de penas, mas sim de impunidade. Investigações da Polícia Federal apontam que os atos tiveram como objetivo anular as eleições de 2022, com planejamento que incluía até mesmo violência contra autoridades. O líder do governo na Câmara ressaltou que a Casa não pode compactuar com medidas que afetem a ordem democrática.
A decisão sobre pautar o projeto com urgência cabe ao presidente da Câmara, que ainda não se posicionou definitivamente. Enquanto isso, deputados contrários à medida lembram que há mais de 2,2 mil projetos com urgência em tramitação, questionando a prioridade dada ao tema. O debate reflete a polarização em torno do assunto, com pressões tanto de partidos favoráveis quanto de críticos à anistia.