A Argentina enfrenta protestos violentos de aposentados insatisfeitos com os cortes nos benefícios e o fim de moratórias que facilitavam a aposentadoria. Sob o governo atual, os valores das aposentadorias caíram até 30%, levando muitos idosos à pobreza. A situação reflete um problema regional, onde o envelhecimento populacional e a alta informalidade no trabalho pressionam os sistemas previdenciários, exigindo reformas urgentes para garantir sua sustentabilidade.
O desafio é global: a ONU prevê que a população com 65 anos ou mais dobrará até 2050, sobrecarregando sistemas que dependem de contribuições da população ativa. Países como Brasil e Alemanha já aumentaram a idade mínima para aposentadoria, mas especialistas alertam que isso não será suficiente a longo prazo. Na América Latina, a corrupção e a economia informal agravam o problema, com países como Venezuela e Argentina apresentando sistemas frágeis e benefícios insuficientes.
Enquanto a Argentina vê protestos, a Venezuela enfrenta uma crise ainda mais profunda, com aposentadorias mínimas abaixo de US$ 2, complementadas por auxílios governamentais temporários. A Cepal destaca a necessidade de equilibrar cobertura, benefícios dignos e sustentabilidade financeira, mas não há soluções únicas. A região precisa de crescimento econômico e reformas estruturais para evitar o colapso dos sistemas previdenciários.