Os esforços de imunização enfrentam ameaças crescentes devido à desinformação, crises humanitárias e cortes de financiamento, colocando milhões de crianças, adolescentes e adultos em perigo. Organizações como a OMS, Unicef e Gavi alertaram, durante a Semana Mundial de Imunização, que doenças evitáveis por vacinas, como sarampo, meningite e febre amarela, estão ressurgindo globalmente. O diretor-geral da OMS destacou que as vacinas salvaram mais de 150 milhões de vidas nos últimos 50 anos, mas a queda na cobertura vacinal desde a pandemia ameaça esse progresso.
O sarampo preocupa especialmente, com casos aumentando 20% em 2023 e surtos disruptivos em 61 países nos últimos 12 meses. A meningite também avança na África, com mais de 5.500 casos suspeitos em 2024, enquanto a febre amarela registrou surtos nas Américas, incluindo o Brasil. Esses cenários refletem a redução na imunização de rotina, com 14,5 milhões de crianças não vacinadas em 2023, número superior aos anos anteriores.
As agências pedem ação urgente para fortalecer programas de imunização e proteger conquistas históricas, como a redução de 40% na mortalidade infantil nos últimos 50 anos. A situação exige investimentos e atenção política sustentada para evitar o colapso de sistemas de saúde e o retorno de doenças já controladas. O alerta serve como um chamado global para priorizar a vacinação e combater as ameaças à saúde pública.