Produtores de café do Sul de Minas Gerais enfrentam prejuízos após o fechamento de armazéns que armazenavam e comercializavam suas safras. Pelo menos cinco empresas do estado tiveram problemas recentes com a gestão dos grãos, deixando agricultores sem receber pelos produtos entregues. A situação contrasta com a valorização histórica da saca de café, que elevou as expectativas de lucro, mas resultou em dívidas e incertezas para os produtores.
Especialistas destacam a importância de revisar contratos e avaliar os riscos antes de fechar negócios. O advogado Vinícius Barquete, especialista em agronegócio, recomenda que os cafeicultores analisem os termos com atenção e busquem cláusulas de proteção. Já Ricardo Schneider, presidente do Centro de Comércio do Café, alerta para a necessidade de conhecer bem os compradores e prazos de pagamento, evitando surpresas desfavoráveis.
Enquanto aguardam soluções judiciais, os produtores lidam com frustração e preocupação, já que contavam com os recursos para custear a colheita e outras despesas. A falta de transparência e comunicação por parte das empresas agravou a crise, deixando muitos sem alternativas imediatas para recuperar os prejuízos.