Reportagem revela que facções criminosas estão expulsando provedores legais de internet e assumindo o fornecimento clandestino do serviço em diversas comunidades. Com ameaças, extorsões e até ataques violentos, esses grupos transformaram a conexão digital em uma nova moeda do crime, rivalizando em lucratividade com o tráfico de drogas. O modelo já se espalha por estados como Rio de Janeiro, Pará e Ceará, onde investigações policiais buscombater a prática.
Autoridades destacam que o serviço ilegal gera lucros astronômicos, já que a internet é um produto essencial para a população. Provedores legais, que investiram bilhões em infraestrutura nos últimos anos, são impedidos de operar, enquanto criminosos cobram “pedágios” ou monopolizam a distribuição. A Anatel afirmou estar colaborando com as forças de segurança para identificar e combater esses delitos.
A Secretaria de Segurança Pública do Rio informou que já mapeou áreas de atuação das facções, mas o desafio permanece diante da escala do problema. Especialistas alertam que o controle criminoso da internet não só financia atividades ilegais, mas também reforça o domínio territorial desses grupos, tornando a intervenção das autoridades ainda mais urgente.