Um grupo de crianças de diversas etnias entregou uma carta a representantes do governo federal durante o último dia do Acampamento Terra Livre (ATL), maior mobilização indígena do Brasil. No documento, elas cobraram medidas efetivas contra o desmatamento, a poluição e as mudanças climáticas, destacando que são “o presente, não apenas o futuro”. O texto, escrito com ajuda de adultos e crianças não indígenas, foi lido por duas meninas, que enfatizaram a urgência de proteger florestas, rios e culturas tradicionais.
As crianças alertaram para os impactos da degradação ambiental, como a poluição do ar e a morte de animais, e exigiram compromissos reais dos governantes. “Se não cuidarem do nosso mundo, não vai haver futuro para nós”, afirmaram. A ministra do Meio Ambiente, emocionada, reconheceu que a mobilização infantil reflete falhas dos adultos em proteger o planeta, enquanto a ministra dos Povos Indígenas destacou a importância de ouvir as novas gerações para garantir um futuro sustentável.
O evento reuniu entre 6 mil e 8 mil indígenas de 135 etnias em Brasília, reforçando a luta por direitos e preservação ambiental. As crianças participantes, como Yará e Luana, simbolizaram a união de vozes jovens na defesa do planeta, cobrando ações imediatas e lembrando que a solução depende de todos. O manifesto serve como um chamado para que líderes mundiais priorizem a proteção da natureza e das futuras gerações.