O saldo das operações de crédito no sistema financeiro brasileiro registrou um aumento de 0,4% entre janeiro e fevereiro, alcançando R$ 6,487 trilhões, conforme dados divulgados pelo Banco Central. No acumulado de 12 meses, a alta foi de 11,8%. Para pessoas físicas, o crescimento foi de 0,4% no mês e 12,5% no ano, enquanto para empresas, os avanços foram de 0,5% e 10,7%, respectivamente. O crédito direcionado, que inclui recursos do BNDES e da poupança, teve um desempenho melhor, com alta de 0,9%, enquanto o crédito livre ficou estável.
A relação entre o total de operações de crédito e o PIB apresentou uma leve redução, passando de 54,7% em janeiro para 54,6% em fevereiro. No entanto, a inadimplência no crédito livre aumentou pela segunda vez consecutiva, subindo de 4,4% para 4,5%. Entre pessoas físicas, a taxa se manteve estável em 5,6%, enquanto para empresas, houve um pequeno aumento, de 2,8% para 2,9%. Já no crédito direcionado, a inadimplência permaneceu em 1,5%.
Considerando o crédito total (livre e direcionado), a taxa de inadimplência subiu de 3,2% para 3,3%. Os dados refletem um cenário de expansão do crédito, mas com sinais de pressão no desempenho dos pagamentos, especialmente no segmento livre. O Banco Central continua monitorando os indicadores para avaliar os riscos à estabilidade financeira.