A CPI das Bets, instalada no Senado Federal para investigar irregularidades no setor de apostas online, foi palco de controvérsias após a breve prisão de uma testemunha convocada para depor. O indivíduo, que nega envolvimento com o setor, foi detido por suposto falso testemunho, mas liberado horas depois após pagamento de fiança. A defesa alega que a prisão foi ilegal e que houve pressão psicológica, enquanto a relatora da CPI sustenta que houve contradições no depoimento.
O foco da comissão é apurar possíveis crimes como lavagem de dinheiro e transações ilegais ligadas a plataformas de apostas, além do impacto econômico sobre famílias brasileiras. A testemunha em questão nega qualquer relação com uma suposta sócia investigada, cuja empresa é alvo de operações policiais. A defesa argumenta que documentos podem ter sido fraudados e que o depoente não tem ligação com o negócio.
Enquanto a CPI avança nas investigações, outras figuras ligadas ao setor, incluindo uma advogada que não compareceu voluntariamente, devem ser ouvidas coercitivamente. A comissão tem 130 dias para concluir os trabalhos e propor mudanças na legislação ou encaminhar denúncias ao Ministério Público. O caso destaca os desafios e tensões envolvidos no combate a possíveis irregularidades no mercado de apostas online.