Uma mulher na casa dos 60 anos relata os desafios em sua relação de mais de duas décadas com a esposa, marcada pela ausência de intimidade sexual nos últimos 13 anos. A interrupção da vida sexual ocorreu devido a uma combinação de fatores, como a chegada de um cachorro que passou a dormir com elas e a menopausa da parceira. Embora a libido da autora tenha voltado com força após um período de baixa durante sua própria menopausa, a esposa não demonstra interesse em retomar a vida sexual, além de expressar ressentimento por um problema de acumulação de objetos, mesmo com a autora em terapia.
A dinâmica entre as duas sugere que a falta de afeto pode estar ligada a mágoas não resolvidas, embora a parceira não confirme nem negue essa possibilidade. Ambas estão em terapia de casal, mas a autora duvida da eficácia do processo. A psicoterapeuta Pamela Stephenson Connolly, que analisou o caso, destaca que a retenção de afeto pode ser consciente ou inconsciente, e encoraja a evitar rótulos como “morte lésbica do leito”, que podem perpetuar uma visão negativa e sem esperança.
A especialista reforça a importância da terapia contínua para superar impasses e cicatrizar questões passadas, ressaltando que cada relacionamento é único. Ela também orienta a autora a manter uma postura aberta e evitar generalizações, focando na busca por soluções conjuntas. O caso ilustra a complexidade de manter a conexão íntima em relacionamentos de longa duração, especialmente diante de mudanças físicas e emocionais.