A redução no financiamento de ajuda humanitária por países ricos pode reverter os progressos alcançados na redução de mortes durante a gravidez e o parto, especialmente em zonas de conflito, segundo alerta de agências da ONU. Mulheres grávidas nessas regiões já enfrentam um risco cinco vezes maior de morrer em comparação com outras áreas, conforme destacado em um novo relatório sobre tendências de mortalidade materna. Os cortes nos recursos podem ampliar ainda mais essa disparidade, com efeitos comparáveis aos de uma pandemia.
O relatório enfatiza que a falta de investimento em saúde materna em áreas de guerra e instabilidade política coloca vidas em perigo, agravando crises humanitárias já existentes. A ONU ressalta que, sem apoio contínuo, os avanços conquistados nas últimas décadas podem ser perdidos, deixando milhares de mulheres sem acesso a cuidados essenciais. A situação é particularmente crítica em regiões onde sistemas de saúde já estão fragilizados por conflitos prolongados.
Organizações internacionais pedem ação imediata para evitar um retrocesso nos indicadores de saúde materna, destacando a necessidade de cooperação global. O documento serve como um alerta sobre as consequências de negligenciar esse tema, que afeta não apenas as mulheres, mas também famílias e comunidades inteiras. A ONU reforça que a saúde materna deve ser uma prioridade, mesmo em contextos de crise econômica ou política.