A Corte Constitucional da Coreia do Sul confirmou, no início de abril, o impeachment do então presidente, afastado desde dezembro após tentar decretar lei marcial. A medida, que restringia direitos civis e fechava o Parlamento, foi derrubada horas depois, mas levou a acusações de insurreição e a um julgamento criminal. O ex-mandatário alegou que a ação era apenas um aviso para resolver um impasse político, mas a corte considerou que suas decisões violaram a Constituição e ameaçaram a democracia.
Autoridades realizaram uma operação de busca na residência do ex-presidente, que já havia sido preso em janeiro e liberado em março. O crime de insurreição, pelo qual foi indiciado, pode levar à prisão perpétua, embora execuções por esse motivo sejam raras no país. Com a destituição, o primeiro-ministro assumiu interinamente, e novas eleições devem ser convocadas em breve.
A lei marcial decretada em dezembro de 2024 incluía a proibição de atividades políticas, controle da mídia e restrições a greves, além de exigir o retorno de profissionais da saúde em greve. O ex-presidente pediu desculpas ao povo sul-coreano após o impeachment, afirmando que rezaria pelo país. O caso marcou um dos momentos mais turbulentos na política recente da Coreia do Sul, levantando debates sobre os limites do poder executivo.