O Corinthians obteve vitória no Tribunal de Justiça de São Paulo, que ratificou o Regime Centralizado de Execuções (RCE), plano que permite ao clube reorganizar suas dívidas de R$ 2,4 bilhões. A decisão, aprovada por 17 votos a 7, suspende ações judiciais contra o time e estabelece um prazo de dez anos para quitar R$ 367 milhões, com correção pelo IPCA e meta de pagar 60% do valor até o sexto ano. O clube destacou que o RCE, somado ao controle de gastos e aumento de receitas, é essencial para sua recuperação financeira.
O plano detalha que as dívidas serão pagas por transferência bancária direta aos credores, com início em 45 dias após a homologação. Enquanto o RCE estiver em vigor, o Corinthians não sofrerá bloqueios em suas contas, mas ainda enfrenta outras dívidas significativas, incluindo R$ 677 milhões referentes à Neo Química Arena, R$ 817 milhões em passivos tributários e R$ 926 milhões em questões cíveis e trabalhistas. O presidente do clube comemorou a decisão e afirmou que buscará negociar com os credores para organizar o fluxo de pagamentos.
A homologação do RCE representa um passo importante na reestruturação financeira do Corinthians, que agora terá suas execuções judiciais centralizadas no Tribunal. O clube agradeceu aos envolvidos no processo, incluindo escritórios de advocacia e membros da diretoria, reforçando o compromisso com a transparência e a solução das pendências financeiras. A medida busca estabilizar as contas do time, embora desafios persistam diante do volume total de dívidas.