O Corinthians acumula uma dívida bruta de R$ 2,5 bilhões, com parte do passivo negociado por meio da Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD). Um acordo aprovado em abril permite ao clube pagar R$ 76,9 milhões em 24 parcelas trimestrais, evitando sanções esportivas. Caso não cumpra o plano, o time pode ser impedido de registrar novos jogadores por seis meses. O pagamento inclui correção pelo IPCA, sem juros, e prevê quitação de metade das dívidas em dois anos e meio.
Entre os principais credores estão uma empresa de assessoria esportiva e o Cuiabá, que reclama do parcelamento de R$ 18 milhões referentes à venda do meia Raniele. O presidente do clube mato-grossense critica a decisão da CNRD, alegando que descumpre acordos anteriores e beneficia o Corinthians, que segue contratando apesar do endividamento. Paralelamente, o time obteve no TJ-SP a homologação de um plano para quitar R$ 367 milhões em dez anos, usando 4% de suas receitas recorrentes.
A maior parte do passivo do Corinthians é relacionada à dívida com a Caixa Econômica Federal pela Arena Neo Química, estimada em R$ 668 milhões. Uma campanha liderada pela torcida arrecadou R$ 40 milhões para ajudar no pagamento, com expectativa de prorrogação. Os acordos recentes trazem alívio financeiro ao clube, que enfrentou bloqueios judiciais em 2024, mesmo com faturamento recorde de R$ 1,1 bilhão.