O presidente do Corinthians teve negado o pedido de adiamento de seu depoimento à Polícia Civil no caso envolvendo o contrato com a casa de apostas Vai de Bet. A oitiva está marcada para esta quarta-feira, e a ausência pode levar ao encerramento do inquérito mesmo sem seu testemunho. Do ponto de vista jurídico, o silêncio é um direito do investigado, mas a polícia afirma já ter material suficiente para concluir as investigações. Outros dirigentes do clube já prestaram depoimento, com um deles tendo sua inocência reafirmada pela defesa.
O caso surgiu após a rescisão unilateral do patrocínio de R$ 360 milhões pela Vai de Bet, que alegou irregularidades nos repasses feitos a uma intermediadora. Investigadores apontam indícios de desvio de recursos para uma empresa suspeita de envolvimento com o crime organizado. Há ainda contradições nas versões apresentadas sobre como o acordo foi firmado, com divergências entre as partes envolvidas.
A crise gerou repercussão interna no clube, culminando na saída de diretores e na abertura de um processo de impeachment contra o presidente. A votação no Conselho Deliberativo foi adiada após tumulto, e a situação permanece indefinida. Enquanto isso, o mandatário busca apoio nos bastidores, alegando que o processo fere o estatuto do clube e que as investigações policiais devem ser aguardadas antes de qualquer decisão.