Em 2025, Belém sediará a COP30, evento crucial para consolidar as bases das negociações climáticas globais. Especialistas reunidos no Web Summit Rio 2025 destacaram a necessidade de ir além das metas de redução de emissões, incorporando tecnologias indígenas e repensando o sistema econômico mundial. Jens Nielsen, CEO da World Climate Foundation, ressaltou o papel histórico do Brasil nas agendas climáticas e a importância da COP30 como um marco para a implementação de ações concretas, seguindo o legado do Acordo de Paris.
A ativista Nathalie Kelley enfatizou que soluções simplistas, como o conceito de “net zero”, ignoram as raízes da crise climática, como a globalização e o modelo de produção insustentável. Ela citou a “terra preta”, técnica indígena milenar, como exemplo de conhecimento tradicional que pode transformar a agricultura. Ambos concordaram que a transição requer mudanças profundas, incluindo a priorização de sistemas locais e a integração de sabedoria ancestral.
O debate também destacou o papel do setor financeiro e das instituições na aceleração da transição energética. Nielsen propôs que fundos de pensão destinem 10% de seus ativos para investimentos climáticos, enquanto Kelley defendeu a descentralização da economia. A conclusão foi clara: avançar exige colaboração entre ativismo, investimentos e decisões políticas, unindo recursos e soluções para enfrentar a crise climática de forma efetiva.