Irã e Estados Unidos iniciaram negociações indiretas em Omã neste sábado, com o objetivo de acelerar as discussões sobre o programa nuclear iraniano e aliviar as tensões regionais. As delegações, lideradas por representantes de ambos os países, comunicaram-se por meio do ministro das Relações Exteriores de Omã, sem encontros presenciais. O foco das conversas incluiu a possível redução de sanções contra o Irã em troca de limites ao enriquecimento de urânio, além de questões como a troca de prisioneiros e a estabilidade regional.
Teerã demonstrou cautela, destacando que não espera um acordo imediato, mas reconheceu a importância de apresentar suas posições iniciais. O líder supremo do Irã autorizou a delegação a negociar, embora o país tenha reafirmado que não discutirá seu programa de mísseis balísticos. Enquanto isso, os EUA mantiveram sua postura de pressão máxima, com ameaças de ação militar caso as negociações não avancem.
As conversas ocorrem em um contexto de crescente instabilidade no Oriente Médio, marcado por conflitos em Gaza, tensões entre Irã e Israel, e ataques no Mar Vermelho. Um fracasso nas negociações poderia agravar os riscos de uma escalada regional, enquanto um progresso, mesmo limitado, poderia ajudar a acalmar as tensões. Omã, tradicional mediador entre as partes, continua desempenhando um papel central nas discussões.