As contas públicas brasileiras fecharam fevereiro de 2025 com um déficit primário de R$ 18,973 bilhões, segundo dados divulgados pelo Banco Central. Apesar do resultado negativo, houve uma melhora significativa em comparação ao mesmo período de 2024, quando o déficit foi de R$ 48,692 bilhões. A redução foi impulsionada pelo aumento das receitas e pela queda nas despesas, especialmente no Governo Central, que inclui Tesouro Nacional, Previdência e Banco Central.
Os governos estaduais e municipais contribuíram para amenizar o déficit, registrando superávits de R$ 6,633 bilhões e R$ 2,611 bilhões, respectivamente. As empresas estatais também tiveram um desempenho positivo, com um saldo de R$ 299 milhões. No entanto, as despesas com juros da dívida pública subiram para R$ 78,253 bilhões, influenciadas pelo aumento da Selic e por operações cambiais do Banco Central.
Em 12 meses, o déficit nominal do setor público atingiu R$ 939,839 bilhões, equivalente a 7,91% do PIB. A dívida líquida chegou a R$ 7,296 trilhões (61,4% do PIB), enquanto a dívida bruta subiu para R$ 9,045 trilhões (76,2% do PIB). Os indicadores, usados para comparações internacionais, refletem os desafios fiscais do país, mesmo com a recente melhora nas contas.