A confiança dos consumidores brasileiros subiu pelo segundo mês consecutivo em abril, impulsionada principalmente pela melhora nas expectativas sobre a situação econômica futura, segundo dados da Fundação Getulio Vargas (FGV). O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) avançou 0,5 ponto, atingindo 84,8 pontos, embora recupere apenas 11% das perdas acumuladas entre dezembro de 2024 e fevereiro deste ano. O Índice de Expectativas (IE) teve crescimento de 0,7 ponto, chegando a 88,1 pontos, com destaque para a avaliação mais positiva da situação econômica local e financeira das famílias nos próximos meses.
Apesar do avanço, o Índice da Situação Atual (ISA) praticamente se manteve estável, com leve alta de 0,1 ponto, para 81,1 pontos. Enquanto a percepção sobre a economia local atual melhorou (0,7 ponto), o otimismo permaneceu concentrado em consumidores com renda entre R$2.100,01 e R$9.600,00. Famílias de baixa renda, por outro lado, registraram queda no índice pelo quinto mês seguido, refletindo um cenário ainda pessimista para esse grupo.
A economista da FGV IBRE destacou que, mesmo com as melhoras pontuais, o sentimento geral continua marcado por forte pessimismo, especialmente entre os mais vulneráveis. A recuperação da confiança ainda é lenta e desigual, dependendo de fatores como renda e perspectivas individuais, indicando desafios persistentes para a economia brasileira.