Nos Estados Unidos, consumidores estão estocando alimentos e produtos essenciais em antecipação a uma nova rodada de tarifas de importação implementadas pelo governo. Thomas Jennings, de 53 anos, é um dos que adotaram a estratégia de comprar itens em dobro, como feijão, farinha e água, temendo que os preços subam significativamente. A preocupação reflete um sentimento crescente de que as tarifas podem levar a uma recessão, com muitos acreditando que os varejistas repassarão os custos aos clientes.
A incerteza também levou outros, como Angelo Barrio, a acumular produtos de longa duração, como arroz e azeite, desde o final do ano passado. Barrio expressou simpatia pela China, alvo das tarifas, argumentando que o país fornece produtos acessíveis aos americanos. Enquanto isso, Maggie Collins, uma auxiliar de saúde, relatou ajustes no orçamento devido ao aumento dos preços, destacando o impacto desproporcional sobre idosos e pessoas com renda fixa.
A Tax Foundation estima que as tarifas custarão US$ 3,1 trilhões aos norte-americanos na próxima década, com um aumento médio de US$ 2.100 por família em 2025. Especialistas alertam para o risco de um efeito dominó, em que o pânico leve a um frenesi de compras, semelhante ao visto durante a pandemia. Embora grandes varejistas como Walmart e Costco não tenham comentado, a situação já reflete a ansiedade dos consumidores diante de um cenário econômico incerto.