Os preços ao consumidor nos Estados Unidos registraram uma queda inesperada em março, recuando 0,1% após um aumento de 0,2% em fevereiro, segundo dados do Departamento do Trabalho. O declínio foi atribuído principalmente à redução nos custos de energia e ao esgotamento dos efeitos dos ajustes de preços no início do ano. Em base anual, o índice avançou 2,4%, abaixo dos 2,8% registrados no mês anterior e das projeções de economistas, que esperavam alta de 2,6%.
Excluindo alimentos e energia, componentes voláteis, a inflação subiu 0,1% em março, com o núcleo anual caindo para 2,8% ante 3,1% em fevereiro. No entanto, as tensões comerciais persistem, com o aumento de tarifas sobre produtos chineses de 104% para 125%, em resposta a medidas similares de Pequim. As novas tarifas, que visam proteger a indústria local e compensar cortes fiscais, elevam os riscos de recessão nos próximos meses.
Apesar da pausa de 90 dias nas tarifas para alguns parceiros comerciais, anunciada pelo governo norte-americano, a incerteza nos mercados financeiros permanece. Analistas alertam que os dados de março capturaram apenas parte do impacto das medidas, sugerindo que os efeitos completos ainda estão por vir. O cenário econômico segue sob pressão, com inflação e políticas comerciais no centro das atenções.