Após o desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira no Rio Tocantins, que resultou em 14 mortes no final do ano passado, a segurança das pontes em rodovias federais tornou-se uma preocupação nacional. O Tribunal de Contas da União (TCU) abriu uma consulta pública para coletar relatos dos cidadãos sobre condições estruturais, como rachaduras, iluminação e sinalização, visando embasar auditorias sobre a manutenção da malha rodoviária. A iniciativa abrange pontes administradas tanto pelo governo federal quanto por concessionárias privadas, com participação anônima ou identificada por meio de questionário online ou aplicativo.
O Brasil possui cerca de 6 mil pontes cadastradas em rodovias federais, distribuídas desigualmente entre as regiões. Dados do governo federal mostram concentrações significativas em estados como Minas Gerais (761), Bahia (459) e Rio Grande do Sul (455), enquanto outros, como São Paulo (15), têm números surpreendentemente baixos. O TCU alerta que esses registros podem não refletir a realidade total, destacando a necessidade de maior transparência e ação preventiva para evitar novos acidentes.
A consulta pública é parte de um esforço para melhorar a segurança viária e garantir condições adequadas aos motoristas. Enquanto isso, pontes como a do Rio das Almas, em Goiás, continuam gerando apreensão devido a sinais de desgaste. O resultado da iniciativa deve orientar políticas públicas e fiscalizações mais rigorosas, envolvendo o Ministério dos Transportes, o DNIT e a ANTT na busca por soluções estruturais.
