O Tribunal Constitucional da Coreia do Sul confirmou, nesta sexta-feira (4.abr.2025), a decisão de afastar o presidente do cargo após o impeachment aprovado pelo Parlamento em dezembro de 2024. A medida foi motivada pela tentativa de impor lei marcial, que suspendeu direitos civis e concentrou poder nas mãos do governo. Com a decisão, o país terá até 60 dias para realizar novas eleições presidenciais, enquanto o primeiro-ministro assume interinamente.
O cenário político sul-coreano enfrenta incertezas, com polarização e protestos nas ruas. O líder da oposição, que perdeu a eleição de 2022, aparece como favorito nas pesquisas, mas enfrenta processos judiciais que podem impedi-lo de concorrer. Enquanto isso, o ex-presidente será julgado em abril por acusações de incitação à insurreição, em um caso que pode resultar em pena severa.
A gestão do agora ex-presidente foi marcada por controvérsias, incluindo políticas rígidas contra a Coreia do Norte e declarações polêmicas. Apesar de avanços diplomáticos, como a melhoria nas relações com o Japão, a tentativa de impor lei marcial selou seu destino político. O país agora aguarda um novo capítulo em meio a instabilidade e desafios institucionais.