A Corte Constitucional da Coreia do Sul decidiu, nesta sexta-feira (4), pelo impeachment do presidente Yoon Suk Yeol, afastando-o do cargo. A medida foi tomada após a decretação de lei marcial que restringia direitos civis e previa o fechamento do Parlamento. O ex-presidente, que já havia sido preso temporariamente no início do ano, agora responde a um processo por insurreição.
Eleito em 2022 com a menor margem de votos da história do país, Yoon era um novato na política, tendo ganhado destaque como promotor em casos de corrupção de alto perfil. Durante seu mandato, enfrentou resistência de um Parlamento controlado pela oposição e viu sua popularidade cair, especialmente após rejeitar investigações sobre escândalos envolvendo aliados. Sua postura dura em relação à Coreia do Norte e algumas promessas de campanha controversas também marcaram sua trajetória.
O impeachment abre caminho para novas eleições em 60 dias, com o líder da oposição sendo apontado como favorito. Yoon, que defendia políticas de mercado e desregulamentação econômica, deixa um legado marcado por polarização e tensões institucionais. O caso reforça os desafios democráticos em um país conhecido por seu rápido desenvolvimento econômico e político.