O Conselho Deliberativo do Corinthians reprovou as contas referentes a 2024, primeiro ano da atual gestão, com 130 votos contra e 73 a favor. A decisão permite que um pedido de impeachment seja formalizado, conforme prevê o estatuto do clube. O Conselho de Orientação (Cori) apontou um aumento significativo no passivo, que chegou a R$ 829 milhões, acima dos R$ 600 milhões divulgados pela diretoria.
O relatório do Cori destacou falta de transparência nas informações financeiras, incluindo a não apresentação de documentos como o contrato de um jogador e balancetes mensais. Além disso, faturas de cartão corporativo, que somaram mais de R$ 4,8 milhões, não foram disponibilizadas. A contratação tardia de uma auditoria também foi criticada, levantando dúvidas sobre a gestão financeira do clube.
Em meio à crise, o diretor financeiro pediu demissão, citando motivos de saúde. O Conselho Fiscal já havia reprovado as contas anteriormente, e a legislação interna do clube prevê que gestores com administração irregular podem se tornar inelegíveis por até dez anos. A situação coloca a gestão sob pressão e abre espaço para possíveis mudanças na liderança.