O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados decidiu, por 13 votos a cinco, recomendar a cassação do mandato de um parlamentar após ele ter agredido um militante em um incidente ocorrido no ano passado. A decisão dividiu opiniões: aliados do governo classificaram o parecer como perseguição política, enquanto integrantes da oposição defenderam que a medida representa uma aplicação justa das regras. O caso agora segue para análise do plenário da Casa, onde será definido o destino do deputado, que anunciou greve de fome em protesto.
Enquanto alguns líderes governistas argumentaram que a cassação seria um ataque à esquerda e uma injustiça histórica, parlamentares da oposição afirmaram que a decisão reforça a responsabilidade ética dos eleitos. O relator do processo destacou que a reação do deputado foi desproporcional, mesmo diante de provocações verbais. O militante agredido, vinculado a um movimento político, teria feito comentários ofensivos durante o incidente.
O debate polarizou ainda mais o ambiente na Câmara, com acusações de motivações políticas de ambos os lados. Enquanto alguns celebraram a decisão como uma vitória da ética, outros a consideraram um precedente perigoso. O caso deve continuar gerando discussões, especialmente se o plenário confirmar ou rejeitar a cassação, refletindo as tensões políticas em curso no Legislativo.