A partida entre Palmeiras e Cerro Porteño pela Copa Libertadores, nesta quarta-feira (9), não terá ações específicas contra o racismo, apesar do recente caso envolvendo um atleta sub-20. A Conmebol seguirá seu protocolo padrão, com apenas um gesto simbólico: os jogadores se reunirão no círculo central por 20 segundos, em repúdio à discriminação e violência, como ocorreu na primeira rodada do torneio. O clube palestrino não poderá realizar nenhuma homenagem especial, já que a competição é organizada pela entidade sul-americana, que controla rigidamente as ações durante os jogos.
O caso reacendeu discussões sobre a postura da Conmebol em relação ao racismo, especialmente após incidentes anteriores. No ano passado, o Palmeiras também foi impedido de fazer uma despedida pública para um jogador devido às regras da entidade. Clubes já foram multados por celebrações não autorizadas, o que limita iniciativas independentes. A expectativa para o jogo é alta, não apenas pelo contexto esportivo, mas também pelas tensões recentes envolvendo representantes das duas equipes.
O gesto simbólico antes da partida busca transmitir uma mensagem de união, mas críticos argumentam que a medida é insuficiente diante da gravidade do problema. A ausência de ações mais contundentes levanta questionamentos sobre a eficácia das políticas da Conmebol no combate ao racismo no futebol sul-americano. O jogo, portanto, ocorrerá sob um clima de expectativa e cobrança por respostas mais efetivas.